ESTAMOS LANÇANDO A EDIÇÃO Nº 01 DE 31/03/2016 EM COMEMORAÇÃO AOS 3 ANOS DO JORNAL PARAIPABA
AGRADECEMOS A TODOS QUE PARTICIPARAM E PARTICIPAM DO JP. E ESTAMOS A SERVIÇO DA COMUNIDADE DE PARAIPABA.
SAUDAÇÕES - Jornal Paraipaba De Fato.
domingo, 31 de março de 2019
sexta-feira, 22 de março de 2019
VOCÊ SABE O QUE É GOVERNANÇA?
G O V E R N A N Ç A
Governança no setor público compreende essencialmente os mecanismos de
liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e
monitorar a atuação da gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à
prestação de serviços de interesse da sociedade. Cada vez mais a sociedade tem
demandado dos governantes racionalização dos gastos públicos, equilíbrio
fiscal, estabilidade monetária e investimentos em infraestrutura, saúde,
educação, mobilidade urbana, habitação e segurança. A boa governança de
organizações públicas contribui para a superação desses desafios.
O Tribunal de Contas da União disponibilizou uma série de
publicações sobre Governança Pública. Cada uma delas aborda o tema sob uma
perspectiva complementar às demais. As duas primeiras têm por objeto a
Governança Organizacional aplicada ao Setor Público. A segunda trata de Governança
em Políticas Públicas. A terceira sobre Governança em Centro de Governo. Ao
final há um conjunto de publicações que tratam do componente gestão de risco e
suas especializações como as que tratam de risco de fraude e corrupção.
O JORNAL PARAIPABA levará aos seus leitores estas publicações, mostrando o que o TCU oferece ao Congresso Nacional – CN, aos gestores
públicos e à sociedade uma análise, sob o olhar do controle externo, acerca das
políticas e dos programas públicos nacionais em distintas áreas da atuação governamental.
Foi elaborado um Relatório de Políticas e Programas de
Governo – RePP, destinado a dar cumprimento à Lei de Diretrizes Orçamentárias , onde se expõe as principais ações governamentais que estão sendo implementadas para
promover a melhoria do arcabouço institucional de planejamento, orçamento e
políticas públicas. Também apresenta quadro resumido de 18 fiscalizações
realizadas pelo TCU em políticas, programas e ações de governo nos últimos três
anos e promove análise consolidada do conjunto de informações obtidas.
Uma abordagem consolidada dos resultados das fiscalizações, busca
diagnosticar e prevenir a perpetuação de déficits sistêmicos que vêm
comprometendo de forma significativa os resultados da ação governamental.
Trata-se da construção de um panorama geral que retrata os riscos, as
irregularidades e as deficiências relevantes e recorrentes nas políticas
públicas que afetam, de forma repetitiva, o alcance de seus objetivos.
Com isso, busca-se dar maior transparência à sociedade e apoiar
o Congresso Nacional na sua competência de acompanhar o orçamento, planos e
programas governamentais.
PASSO 1 - Escolha líderes
competentes e avalie
seus desempenhos
PASSO 2 - Lidere com ética e combata os desvios
PASSO 3 - Estabeleça sistema de governança com poderes de decisão balanceados e funções críticas segregada
PASSO 4 - Estabeleça modelo de gestão da estratégia que assegure seu monitoramento e avaliação
PASSO 5 - Estabeleça a estratégia considerando as necessidades das partes interessadas
PASSO 6 - Estabeleça metas e delegue poder e recursos para alcançá-las
PASSO 7 - Estabeleça mecanismos de coordenação de ações com outras organizações
PASSO 8 - Gerencie riscos e institua os mecanismos de controle interno necessários
PASSO 9 - Estabeleça função de auditoria interna independente que adicione valor à organização
PASSO 10 - Estabeleça diretrizes de transparência e sistema de prestação de contas e responsabilização
Levaremos todas as informações sobre esses tipos de Governança.
NOSSOS ANUNCIANTES:
terça-feira, 19 de março de 2019
segunda-feira, 18 de março de 2019
O Município, a cidade e os cidadãos
O Município, a
cidade e os cidadãos

Todas as pessoas que vivem em um
município e na cidade são cidadãos? Não é bem assim. Na verdade, todos
têm direito ao município e à cidade e têm direito de se
assumirem como cidadãos. Mas, na prática, da maneira como as modernas cidades
crescem e se desenvolvem, o que ocorre é uma urbanização desurbanizada.
Como os municípios e as cidades são
construídos como um produto de consumo, eles acabam ficando fora do alcance dos
seus consumidores potenciais. Porque para consumir no município e
na cidade é preciso ter poder aquisitivo, o que exclui dos benefícios
principalmente os urbanos e de muita coisa boa da vida a maioria da população.
Direito à cidade quer dizer direito
à vida urbana, à habitação, à dignidade. É pensar a cidade
como um espaço de usufruto do cotidiano, como um lugar de encontro e não de
desencontro.
Hoje, os habitantes, tanto das pequenas
cidades, como das grandes metrópoles brasileiras estão sendo bombardeados pelas
promessas dos seus candidatos a prefeito. Nos seus discursos estão contidas
propostas sobre como as cidades deveriam ser governadas, de acordo com os
diferentes partidos. (Se é que podemos acreditar nisso.) Nesse quadro, em que
aparecem vários modelos de gestão da cidade, a questão do direito à cidade se
torna provocativa tanto para os que ainda se permitem sonhar quanto para os
descrentes.
Ao falarmos do direito à cidade,
imediatamente nos vem à mente a necessidade de transformar a enorme tragédia
urbana brasileira. Os novos tempos terão de estar povoados de alternativas, de
muita imaginação, capazes de permitir concretizar uma realidade muito diferente
da atual.
Hoje, os nossos municípios e as nossas
cidades são o reflexo do abuso do poder autoritário e do capital monopolista,
com liberdade franqueada para a especulação, para a ação privada dos grandes
negócios.
Até agora, a administração local não
teve nem meios financeiros nem vontade política para abordar, efetivamente, os
problemas da cidade. Além disso, não existe um movimento social urbano forte e
organizado que se oponha de forma mais contundente às políticas existentes.
Nas nossas cidades, assim como na
maioria das cidades capitalistas, convivem vários interesses conflitantes e,
para cada um deles, a cidade assume um significado diferente. Há os interesses
dos proprietários de terras, dos construtores, dos banqueiros e dos
industriais, para os quais a cidade é, basicamente, um negócio. E há os
cidadãos, para os quais a cidade é o lugar do habitat e o
lugar de habitar.

Aqueles que administram a cidade e que
têm poder de intervir nela — os que estão na máquina do Estado —, na maioria
das suas ações, têm demonstrado ter uma relação muito tênue com aquilo que a
cidade significa para o habitante/usuário, transformando-o frequentemente em
cidadão/vítima.
Não são poucos os casos em que a
imaginação e a espontaneidade da população conseguem superar e transformar o
ambiente hostil planejado pelos "especialistas". Esse é o caso dos
conjuntos habitacionais e de muitas praças e áreas de lazer.
O direito à cidade representa acima de
tudo a possibilidade de transformar o nosso cotidiano, de forma que cada
habitante possa de fato habitar e participar plenamente do espaço onde vive.
As nossas cidades de hoje não são fruto
do acaso, mas produto de uma história concreta, de concentração de poder
econômico e político nas mãos de alguns e de segregação e desigualdade para a
grande maioria.
Durante anos, vivemos sob o fogo
cruzado das concepções de eficiência, racionalidade e rentabilidade. Sempre foi
dito à população como deveria morar, e ela raras vezes teve
oportunidade de dizer como gostaria de morar.
É preciso inverter essa lógica. Contra
a lógica da "ordem", a lógica da sobrevivência. Se existem terrenos
desocupados, à espera de grandes lucros, é inevitável que eles sejam invadidos
por quem precisa morar. E a população cada vez mais vai percebendo que através
da ação direta expressa mais convincentemente as suas prioridades.
À medida que o processo político se
torna mais aberto e democrático, com eleições diretas em todos os níveis, é
possível pensar que a solução progressiva de muitos dos chamados problemas
urbanos comece a ser encaminhada. Mas isso não basta para garantir uma política
urbana e uma gestão municipal democrática e preocupada com o interesse
coletivo. É necessário, além disso, democratizar a gestão administrativa,
estabelecer canais de participação, diminuindo a enorme distância existente
entre administração e população. Com isso será possível contrapor-se à
corrupção, ao clientelismo e à ditadura secreta dos interesses privados
anti-sociais.
Assim é importante que as instituições
do Estado sejam mais representativas e descentralizadas, multiplicando as
formas de participação e controle e permitindo uma articulação da democracia de
base com a democracia representativa.
Portanto, falar em direito à cidade
implica também ter um movimento social urbano forte e organizado capaz de
questionar e contrapor-se à forma em que estão organizadas as relações de poder
na cidade.
Não devemos esquecer, entretanto, que
na cidade convivem diversos interesses, demandas e soluções. Mas, então, de que
direito estamos falando? Para os mais pobres e excluídos, ou seja, para pelo
menos 80% da população das cidades de Paraipaba e 60% de Fortaleza, certamente,
muito mais nas cidades nordestinas, falamos do direito à moradia, à
alimentação, à saúde, à educação, ao melhor transporte público, questões que
vão além de quaisquer outras demandas das classes médias, como mais áreas
verdes, menos poluição — e uma questão que afeta a todas indiscriminadamente: a
violência urbana.
Direito à cidade, democratização ao
poder local e participação popular, tornam-se então um denominador comum. São
expressão correta de uma vontade coletiva dos cidadãos, a partir da expressão
territorial das suas necessidades e vontades.
No próximo número enfocaremos como: Ser
Cidadão. Mas como?
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